
O papel do Brasil no agronegócio global
Francieli Covatti, natural de Frederico Westphalen (RS), possui uma trajetória marcada por experiências internacionais e um olhar estratégico para o agronegócio. Formada em Relações Internacionais pela ESPM, com pós-graduação em agronegócio pela Esalq/USP e em comércio exterior pela FGV, ela encontrou sua vocação ao acompanhar de perto o impacto do setor na economia global em fóruns como o B20 e os BRICS.
“Esses eventos são estratégicos para o Brasil reforçar seu papel de líder em sustentabilidade e segurança alimentar”, afirma Francieli.
Com um mercado cada vez mais exigente e uma população mundial projetada para atingir 10 bilhões de pessoas até 2050, o agronegócio brasileiro tem um papel crucial na produção sustentável de alimentos. O país investe fortemente em tecnologia para aumentar a produtividade sem comprometer o meio ambiente. Durante o B20, foram trabalhados três pilares essenciais para o setor:
- Produtividade – Investimento em inovação para aumentar a produção com sustentabilidade.
- Modelos de financiamento sustentável – Apenas 5% dos investimentos sustentáveis chegam à agricultura, um número que precisa crescer.
- Comércio multilateral – Regras mais harmônicas para a competitividade internacional do agronegócio brasileiro.

Sustentabilidade e competitividade no mercado internacional
A próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que acontecerá no Brasil, é vista como mais uma chance para o país reafirmar sua posição. A integração entre lavoura, pecuária e floresta (ILPF), a adoção de bioinsumos e biotecnologia são exemplos de iniciativas que reforçam a sustentabilidade do setor.
Outro fator essencial para a competitividade do agronegócio brasileiro é a relação entre agroindústria e produtor rural.
Segundo Francieli, “o agronegócio não é apenas a produção no campo, mas um sistema integrado que vai desde os insumos até a mesa dos consumidores”.
Os investimentos da agroindústria em tecnologia impactam diretamente a produtividade e reduzem riscos na produção. Desde sementes geneticamente melhoradas até o uso de softwares agrícolas e drones, a parceria entre a indústria e o produtor permite um avanço significativo na eficiência e qualidade dos produtos.
Como fortalecer o comércio multilateral?
Com a evolução do mercado global, o Brasil deixou de ser um grande importador para se tornar um dos principais exportadores do mundo. O Ministério da Agricultura, através da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, tem sido fundamental para abrir novos mercados e promover a imagem do país como um fornecedor confiável e sustentável.
Entre as ações que reforçam esse posicionamento, destacam-se:
- O fortalecimento das regras de rastreabilidade, como o caso do Pará na pecuária.
- O reconhecimento internacional da produção de soja e café sustentáveis.
- O selo de sustentabilidade do algodão brasileiro, que se tornou referência global.
Com mercados cada vez mais exigentes, a adoção de padrões comerciais harmonizados e o fortalecimento da imagem do Brasil como um país que respeita o meio ambiente são fundamentais para garantir competitividade no cenário global.
O futuro do agronegócio brasileiro
A evolução do agronegócio no Brasil depende da continuidade dos investimentos em tecnologia, políticas sustentáveis e da consolidação da imagem do país como um líder global na produção de alimentos. Para Francieli Covatti, o caminho é claro:
“O Brasil já é um grande player internacional. Precisamos reforçar nosso papel e mostrar ao mundo que temos segurança alimentar e sustentabilidade”.
A história do agronegócio brasileiro está em constante evolução, e eventos como a COP 30 e os fóruns internacionais oferecem oportunidades únicas para que o país continue a se destacar.
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