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As vacinas autógenas são uma ferramenta essencial para a sanidade animal, especialmente em grandes produções onde os desafios sanitários variam de região para região. Essas vacinas são desenvolvidas a partir de microrganismos isolados de cada propriedade, garantindo uma solução específica e eficaz para cada rebanho.
Para explicar melhor esse processo, conversamos com Adrienny Reis, gerente sênior da fábrica de vacinas autógenas da Fibro Saúde Animal. Formada em microbiologia e imunologia pela Universidade Federal de Minas Gerais, Adrienny tem uma trajetória inspiradora no agronegócio, contribuindo com inovações que transformam a produção animal.
O Que Diferencia as Vacinas Autógenas das Comerciais?
As vacinas autógenas são produzidas a partir de microrganismos coletados diretamente do rebanho do produtor. Isso significa que, ao contrário das vacinas comerciais, que são padronizadas para atender uma ampla gama de situações, as autógenas são personalizadas e adaptadas às necessidades específicas de cada granja.
Segundo Adrienny Reis, esse tipo de vacina é essencial para situações em que as doenças não possuem vacinas comerciais adequadas ou quando surgem novas variantes de patógenos.
“As vacinas autógenas permitem um controle sanitário mais eficaz, pois são desenvolvidas a partir de um diagnóstico laboratorial preciso”, explica.
Como Garantir a Eficácia e a Segurança das Vacinas Autógenas
A produção dessas vacinas segue um rigoroso controle de qualidade, garantindo que sejam seguras e eficazes. O processo inclui:
- Diagnóstico laboratorial completo para identificação dos patógenos presentes na propriedade;
- Formulação específica para atender às necessidades do rebanho;
- Testes rigorosos de pureza, concentração e esterilidade;
- Controle independente de qualidade para garantir a segurança em animais de laboratório antes da aplicação nos rebanhos.
Esse controle detalhado assegura que as vacinas autógenas sejam uma alternativa viável e confiável para a produção animal.
Vacinas Autógenas e Sustentabilidade na Avicultura e Suinocultura
A avicultura e a suinocultura são setores que demandam alto controle sanitário para garantir produtividade e bem-estar animal. Dentro desse contexto, as vacinas oferecem vantagens como:
- Redução do uso de antibióticos: Ao prevenir doenças de forma personalizada, as vacinas diminuem a necessidade de antibióticos, contribuindo para a segurança alimentar e o bem-estar animal.
- Maior eficácia sanitária: Por serem desenvolvidas para patógenos específicos de cada granja, proporcionam um controle mais eficiente das doenças.
- Flexibilidade na formulação: Podem ser ajustadas para combinar diferentes patógenos em uma mesma dose, otimizando o manejo sanitário.
Adrienny reforça que “as vacinas autógenas representam uma oportunidade para os produtores agregarem valor ao programa sanitário, garantindo maior segurança para o rebanho e redução de perdas econômicas”.
Oportunidades e Desafios para as Vacinas Autógenas no Brasil
Embora as vacinas autógenas sejam amplamente utilizadas na suinocultura, seu uso na avicultura ainda é menos explorado no Brasil. Em outros países, essa tecnologia já é aplicada de forma mais abrangente, mostrando que ainda há um grande mercado a ser desenvolvido.
Diante dessas perspectivas, o setor agropecuário tem um grande potencial para expandir o uso da vacina promovendo uma produção mais saudável, eficiente e sustentável.
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