ENTREVISTA

Primeira mulher negra no conselho do Banrisul fala sobre a importância de referências

Diretora acredita que cada mulher que ocupa um espaço de decisão contribui para um movimento de mudança e visibilidade

Primeira mulher negra no conselho do Banrisul fala sobre a importância de referências

A diretora de Atendimento e Operações de Canais do Banrisul, Adriana Celestino, é a primeira mulher negra a integrar o conselho de administração do banco em seus quase 100 anos de história. Em entrevista ao programa A Protagonista, ela compartilhou sua trajetória e refletiu sobre o papel da representatividade e da troca de experiências na construção de uma liderança mais diversa.

Com mais de duas décadas de carreira, Adriana iniciou sua jornada no mercado imobiliário, onde precisou superar barreiras em um ambiente predominantemente masculino. Em 2023, foi convidada a assumir uma diretoria no Banrisul, um marco que, segundo ela, simboliza não apenas uma conquista pessoal, mas também um avanço coletivo para outras mulheres negras que buscam espaços de liderança.

Representatividade

Adriana ressaltou que ocupar cargos de destaque é também uma forma de abrir caminhos para outras mulheres e mostrar que há espaço e capacidade para todas. Para ela, a representatividade tem um papel transformador, pois inspira e fortalece aquelas que ainda estão iniciando suas trajetórias profissionais.

“Por ser uma mulher negra, eu acho que isso traz uma representatividade muito forte para aquelas mulheres que estão ali trabalhando, que estão entrando no mercado de trabalho, de ver que existe a possibilidade, que há viabilidade”

Orgulho

A executiva destacou ainda a importância de reconhecer a própria história e valorizar o percurso percorrido, enxergando cada conquista como parte de um processo de evolução contínua. Segundo Adriana, olhar para trás com orgulho ajuda a manter a confiança e a motivação diante dos desafios.

Ela também reforçou a relevância da troca de experiências entre mulheres como ferramenta de fortalecimento coletivo. Ao compartilhar suas vivências, acredita que é possível criar conexões e inspirar outras a acreditarem em seu potencial.

“Quando bate aquela insegurança, será que eu dou conta? Será que eu vou conseguir?, eu me lembro de como foi o início lá atrás. As minhas próprias referências me servem para continuar na caminhada”

Para Adriana, cada mulher que ocupa um espaço de decisão contribui para um movimento de mudança e visibilidade, ampliando as possibilidades para as próximas gerações.

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