Mulheres na política é um tema cada vez mais urgente e necessário, e quem traz esse debate com propriedade é Rita Passos, presidente do Fundo Social de Itu, ex-deputada estadual e ex-secretária estadual. Com uma trajetória marcada pelo compromisso social e pela transformação de vidas, ela defende que mais mulheres ocupem espaços na política, onde suas decisões podem impactar diretamente famílias, comunidades e o futuro do país.
Por que precisamos de mais mulheres na política?
Rita Passos não tem dúvidas: mulheres na política são fundamentais para trazer equilíbrio, sensibilidade e olhar social às decisões que moldam a sociedade. “Somos 52% da população, mas ainda somos minoria nos cargos públicos”, afirma.
Essa realidade também reflete outros setores, como o agronegócio, historicamente dominado por homens, mas que vem abrindo cada vez mais espaço para lideranças femininas. Na política, o movimento é semelhante. As mulheres sempre estiveram presentes nos bastidores, coordenando campanhas, articulando ações e mobilizando comunidades. Porém, poucas se colocam como candidatas, muitas vezes por falta de incentivo ou pela falsa percepção de que esse espaço não é para elas.
“A política começa dentro da nossa casa. Precisamos do apoio da família para depois almejar e batalhar por esses cargos”, destaca Rita.
O exemplo do município de Itu, onde quatro das 13 cadeiras na Câmara Municipal são ocupadas por mulheres, mostra que os avanços estão acontecendo, mas ainda são tímidos. A luta agora é ampliar esse cenário e fortalecer redes de apoio, especialmente entre as próprias mulheres.
O impacto das mulheres na política: exemplos que transformam vidas
O trabalho de Rita Passos prova na prática como mulheres na política fazem a diferença. Ela idealizou o Centro Dia para Idoso, primeiro equipamento público no Brasil voltado para atender idosos semi-independentes — aqueles que não precisam de uma clínica, mas não podem mais ficar sozinhos.
“O idoso que não tem recursos ficava à mercê da sorte. Com esse projeto, oferecemos cuidado, acolhimento e segurança para quem mais precisa”, conta.
A iniciativa começou em Itu e, durante sua atuação como secretária estadual de Desenvolvimento Social, Rita levou o programa para praticamente todo o estado de São Paulo.
Além disso, Rita é autora de uma lei pioneira que busca proteger bebês em situação de risco. A legislação exige que hospitais públicos e privados coloquem placas informando que a entrega voluntária de um filho para adoção não é crime, sendo um ato legal, seguro e sigiloso. A proposta visa evitar abandonos e práticas criminosas, além de conscientizar mães em situação de vulnerabilidade.
Principais impactos dos projetos de Rita Passos:
- Implantação do Centro Dia para Idoso em dezenas de municípios.
- Proteção legal para bebês através de campanhas de conscientização sobre adoção.
- Fortalecimento de políticas públicas voltadas à família, idosos, crianças e mulheres.
- Referência em desenvolvimento social com foco na sensibilidade feminina.
Mais mulheres na política, mais transformação social
O olhar feminino, como destaca Rita, é essencial na formulação de políticas públicas. A mulher tem a capacidade de enxergar além dos números e burocracias. Ela entende as dores da comunidade porque vive a realidade da família, seja como mãe, filha, esposa, cuidadora ou profissional.
Por isso, a presença de mulheres na política não é apenas representatividade — é estratégia de desenvolvimento social e econômico. Quando mulheres ocupam espaços de poder, os benefícios se estendem para toda a sociedade.
Rita finaliza com um recado forte:
“Se você não quer ser candidata, apoie quem quer. Porque quem vai defender os direitos das mulheres, das crianças, dos idosos, somos nós mesmas.”
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