
Vanessa Leonardi não nasceu no agro, mas se tornou agro. Economista de formação, sua trajetória rumo à produção de morangos com manejo biológico é um exemplo de coragem, estudo e inovação. Durante o Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio (CNMA), ela compartilhou sua experiência e os desafios enfrentados por mulheres que assumem posições de liderança no setor.
Da Pesquisa Econômica ao Morango
A história de Vanessa no agronegócio começou de maneira inusitada. Ao realizar uma pesquisa econômica para um cliente fora do agro, ela descobriu um nicho promissor na silvicultura, setor que permite investimentos de longo prazo sem necessidade de retorno imediato. Esse estudo despertou seu interesse pelo agronegócio, levando-a a explorar novas possibilidades.
Uma viagem para a Califórnia mudou tudo. Vanessa conheceu uma estufa climatizada de morangos biológicos e ficou impressionada com a qualidade do produto. Ao retornar ao Brasil, dedicou cinco anos ao planejamento de seu novo negócio.
“Meu business plan foi muito pensado, muito detalhado, até o momento do plantio. Fiz um trabalho de comunicação antes da porteira, de fixação da marca, e agora estamos prontos para a primeira safra”, conta.
A Força da Liderança Feminina no Agro
Ser uma mulher empreendedora no agronegócio ainda é desafiador, especialmente na Serra Gaúcha, onde Vanessa atua.
“Sofremos muito preconceito, principalmente para quem não veio do agro. A mulher na liderança ainda enfrenta muita resistência”, explica.
Para ela, os dois pilares fundamentais para superar esses desafios são coragem e competência. Vanessa destaca a importância do estudo para quem deseja se destacar.
Outro diferencial da produção de Vanessa é a sustentabilidade. Seu morango é cultivado com manejo biológico e embalagens sustentáveis feitas de bagaço de cana, que podem ser plantadas junto com a muda, servindo de substrato.
O Poder do Manejo Feminino
Vanessa também trouxe uma abordagem inovadora para sua equipe: um manejo 100% feminino. Segundo ela, a dedicação, o olhar cuidadoso e o compromisso das mulheres fazem a diferença na produção.
Para ela, a sororidade é essencial para o avanço das mulheres no agro.
“A mulher do agro abraça a outra, independentemente da cor, religião ou tamanho da propriedade. Assim como fui inspirada, quero inspirar outras mulheres que ainda não tiveram oportunidade no mercado”, diz Vanessa, que foi embaixadora do CNMA em 2024.
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