Tecnologia na pecuária
A tecnologia na pecuária é o ponto central da transformação que o setor vive nos últimos anos — e é justamente sobre isso que conversamos com Laura Villarreal, líder do time de pecuária da MSD Saúde Animal, protagonista que escolheu o Brasil como casa e palco de impacto no agro.
Colombiana de origem e brasileira de coração, Laura vive no país há mais de 23 anos. Chegou com o desejo de estudar avicultura, mas acabou abraçando o Brasil como lar definitivo, atraída pela força e liderança do agro nacional.
“Se eu ia trabalhar com isso, queria estar no país que é referência, que é o melhor. E esse país era o Brasil”, contou.
Hoje, Laura lidera um time com foco em soluções que melhorem a produtividade, o bem-estar animal e a sustentabilidade das operações, especialmente na pecuária de corte. Seu olhar é de futuro — e acredita que a tecnologia na pecuária é a ponte para esse caminho.
Como a tecnologia na pecuária muda o jogo
A tecnologia na pecuária já não é mais um luxo ou um diferencial. Para Laura, é o que define se um negócio vai se manter competitivo ou não.
“A tecnologia veio para levar a pecuária brasileira a outro patamar. Ela permite uma gestão melhor, ajuda a corrigir erros rapidamente, e torna o uso dos recursos mais eficiente”, explicou.
Ela cita como exemplo a redução do uso de antibióticos. Quando os animais são bem cuidados, vivem com menos estresse e em ambientes preparados, adoecem menos — e, portanto, demandam menos medicamentos. Com a ajuda de tecnologias como monitoramento precoce, manejo adequado e análise de dados, esse cuidado se torna ainda mais assertivo.
Tecnologia na pecuária para todos os tamanhos de produtor
Um dos pontos mais importantes defendidos por Laura é a democratização da tecnologia na pecuária. Segundo ela, não importa o tamanho da propriedade — existem soluções acessíveis que fazem diferença no dia a dia de pequenos, médios e grandes produtores.
Veja as quatro principais estratégias apontadas por ela:
- Educação e acesso ao conhecimento: todos, do proprietário ao trabalhador no campo, precisam entender as melhores práticas.
- Identificação individual dos animais: permite rastrear saúde, alimentação e produtividade.
- Bem-estar animal: programas como o Criando Conexões ajudam a reduzir o estresse e aumentar a produtividade.
- Diversidade e inclusão: fazendas com pessoas de diferentes perfis e visões têm mais inovação e melhores resultados.
“A tecnologia na pecuária começa pela educação. É ela quem abre portas para a implementação de qualquer inovação. E isso precisa estar acessível a todos os elos da cadeia”, defendeu Laura.
Desafios e oportunidades do agro brasileiro
Apesar do protagonismo mundial, Laura acredita que o Brasil ainda tem muito a conquistar — especialmente em eficiência produtiva e visibilidade internacional.
Ela aponta três grandes desafios para o futuro da pecuária brasileira:
- Ampliar o acesso ao conhecimento e à capacitação.
- Implementar tecnologias simples e acessíveis.
- Transformar dados em decisões inteligentes.
Como exemplo, ela cita que o Brasil tem 21% do rebanho bovino mundial, mas responde por apenas 17% da carne produzida no mundo. No leite, o país tem 12% do rebanho, mas só produz 4% do total mundial.
“Isso mostra o espaço de crescimento que ainda temos. Com mais tecnologia e gestão baseada em dados, podemos ocupar uma posição ainda mais forte”, explicou.
A COP 30, que será realizada no Brasil, também é vista como uma oportunidade de ouro:
“É o momento de mostrarmos para o mundo como o agro brasileiro é moderno, transparente e eficiente”, disse.
Siga A Protagonista no Instagram e YouTube! Toda segunda-feira às 18h15 no Canal Rural e quarta-feira às 17h50 no Canal do Criador. Não perca!