Caroline Basso: a força feminina por trás da gestão no campo
Caroline Basso mostra como a gestão financeira e a sustentabilidade transformam o protagonismo feminino no agro. Nascida em Dourados (MS), filha de produtores rurais que deixaram o Rio Grande do Sul em busca de novas oportunidades, ela cresceu entre lavouras e aprendeu desde cedo que o campo exige visão, paciência e muito trabalho.
Formada em Ciências Contábeis pela Unigran, Caroline aceitou o convite do pai para atuar no negócio da família. Hoje, é responsável pela parte administrativa e financeira da propriedade, sendo peça-chave na tomada de decisões que garantem o futuro do negócio rural. Casada há 14 anos e mãe de dois meninos, ela encontra na família e na prática da yoga seu refúgio e equilíbrio.
Caroline representa o protagonismo feminino no agro ao demonstrar que as mulheres podem — e devem — ocupar espaços estratégicos no campo.
“Nós não estamos aqui para competir com os homens, mas para somar forças”, afirma.
Sua atuação vai além dos números: ela é guardiã dos investimentos, da produtividade e da sustentabilidade da fazenda.
Integração lavoura-pecuária e gestão financeira: a base do protagonismo feminino no agro
O protagonismo feminino no agro ganha força quando aliamos conhecimento técnico à realidade da fazenda. Na propriedade da família Rosa, Caroline lidera a gestão financeira e acompanha de perto os benefícios da diversificação de atividades. O modelo adotado é o do ciclo completo da pecuária — cria, recria e engorda — o que oferece maior controle sobre os custos e melhores oportunidades de comercialização.
Essa visão estratégica permite à família tomar decisões mais assertivas diante das oscilações do mercado.
“A arroba do boi caiu? Vendemos o bezerro ou o garrote. Temos margem para escolher”, explica Caroline.
Além disso, o confinamento bem planejado e o uso inteligente das áreas da fazenda, como piquetes e maternidade, garantem bem-estar animal e eficiência produtiva.
Na agricultura, a família aposta na rotação de culturas com a integração lavoura-pecuária. Após a colheita do milho consorciado com a braquiária, o gado entra em ação, aproveitando a palhada como alimento. Essa técnica aumenta o ganho de peso dos animais e melhora o aproveitamento do solo, reforçando o protagonismo feminino no agro com práticas sustentáveis e inteligentes.
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Sustentabilidade e inovação: pilares para uma gestão moderna no campo
O protagonismo feminino no agro também se expressa nas escolhas sustentáveis que Caroline lidera dentro da fazenda. A implementação da energia solar, por exemplo, transformou áreas ociosas em pontos de geração limpa e econômica.
“No começo tivemos dúvidas, mas os resultados vieram rápido. Economicamente e ambientalmente, só vimos vantagens”, conta ela.
Outras ações sustentáveis incluem:
- Preservação das nascentes com instalação de bebedouros para o gado;
- Manutenção das reservas legais e reflorestamento de áreas degradadas;
- Bem-estar animal com manejo adequado e infraestrutura apropriada;
- Adoção de técnicas que reduzem as emissões de gases do efeito estufa.
Essas práticas sustentáveis não apenas respeitam o meio ambiente como também aumentam a rentabilidade da propriedade. A integração de sustentabilidade e gestão financeira é o que torna o modelo liderado por Caroline tão eficaz e inspirador.
A análise constante dos números permite identificar os melhores momentos para venda, calcular a margem de lucro e otimizar os investimentos.
“A administração financeira é a cereja do bolo. É ela que mostra se tudo o que fizemos no campo está valendo a pena”, afirma Caroline.
Caroline Basso inspira o futuro do agro
A história de Caroline Basso é um exemplo de como o protagonismo feminino no agro vai muito além da presença no campo. É sobre liderança, estratégia, inovação e compromisso com um futuro mais sustentável e eficiente. Seu trabalho impacta diretamente a produtividade, a preservação ambiental e a construção de um legado familiar duradouro.
E, acima de tudo, sua trajetória inspira outras mulheres a ocuparem seus espaços, acreditarem no próprio potencial e transformarem o agro com sensibilidade e competência.
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