Joanita Karoleski é um nome de destaque no setor agroindustrial brasileiro. Com uma carreira que ultrapassa quatro décadas, ela acumula uma vasta experiência e atuações notáveis que a colocam como uma referência de liderança no agronegócio. Atualmente, Joanita é conselheira em diversas organizações, incluindo o fundo JBS pela Amazônia, a Fundação Bunge, Santa Helena, Excelsior, Terranuts e Winning Woman. Além disso, ela desempenha papéis de mentora e investidora, contribuindo significativamente para iniciativas sociais e ambientais.
Formada em Tecnologia de Processamento de Dados pela Universidade Regional de Blumenau, a executiva trilhou seu caminho na indústria de alimentos e no agronegócio. Entre 2015 e 2020, ela foi CEO da Seara e, nos últimos três anos, liderou o fundo JBS pela Amazônia. Sua trajetória é marcada por uma abordagem de liderança que valoriza o longo prazo, a escuta ativa e o desenvolvimento de equipes de alta performance.
Liderança feminina no agronegócio
Para Joanita, a liderança feminina traz uma perspectiva única e valiosa ao agronegócio. Ela acredita que as mulheres podem oferecer uma profundidade maior na análise de temas e um foco acentuado no planejamento a longo prazo. “A liderança feminina é caracterizada pela profundidade de ver os temas e uma preocupação grande com o longo prazo,” diz Joanita. Ela destaca que essas características são essenciais para a sustentabilidade e inovação no setor.
Joanita vê uma grande oportunidade na crescente presença de mulheres no agronegócio. Segundo ela, essa inclusão traz um modelo de gestão diferente, que muitas vezes se baseia na busca de ajuda e na colaboração. “A mistura de mais sensibilidade e intuição de fazer com as pessoas ouvir as pessoas é um perfil naturalmente feminino que pode ser aplicado no Agro,” afirma Joanita.
Profissionalização e tecnologia
Outro ponto crucial na visão de Joanita é a necessidade de profissionalização e integração de tecnologia no agronegócio. Ela observa que a gestão moderna no setor deve aproveitar modelos de administração já maduros na indústria para aplicá-los no campo. A profissionalização não só aumenta a eficiência, mas também facilita a adoção de novas tecnologias, que são fundamentais para o desenvolvimento do agronegócio.
“A gente vê hoje um efeito no mercado quando falamos em planejamento sucessório no agro. Existe uma oportunidade sendo criada para as mulheres sucessoras, que estão trazendo uma forma diferente de tratar os negócios,” explica Joanita.
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Essa abordagem inclui buscar novas tecnologias e métodos de gestão que sejam mais adequados às necessidades contemporâneas do setor.
Foco no desenvolvimento de pessoas
Joanita acredita que a essência de um bom líder está no foco no desenvolvimento das pessoas. Ela enfatiza a importância de ouvir, ter humildade e pensar no longo prazo.
“Eu sempre falo que os momentos em que mais consegui construir equipes de alta performance foram aqueles em que pensei no longo prazo e apoiei as pessoas para se desenvolverem e buscar soluções de forma conjunta,” destaca.
Para Joanita, liderar é sobre criar um ambiente de confiança onde as pessoas se sintam valorizadas e encorajadas a crescer. Ela ressalta que, apesar de ser essencial cumprir metas de curto prazo, o verdadeiro sucesso está em preparar as pessoas para o futuro. Esse preparo envolve identificar talentos, desenvolver habilidades e criar uma cultura de aprendizado contínuo.
Capacitação Contínua
A capacitação contínua é uma das palavras-chave na filosofia de Joanita. Ela acredita que a busca incessante por conhecimento é crucial para o sucesso, especialmente em um setor tão dinâmico como o agronegócio. “A gente nunca está pronta. Todo dia é uma oportunidade para aprender e se preparar para o futuro,” afirma.
Joanita incentiva as mulheres a aproveitarem as diversas oportunidades de aprendizado disponíveis hoje, seja através de tecnologia, associações ou grupos de apoio. Ela também ressalta a importância de se encorajar e de participar ativamente de movimentos que promovam o empoderamento feminino no agronegócio.
