Elisângela Aparecida Barros é uma mulher forte que, com sua determinação, tem transformado o cenário rural no município de Caiuá, interior de São Paulo.
Filha de produtores rurais, nascida em Presidente Venceslau, cresceu acompanhando o trabalho duro no campo e, desde cedo, soube que seu destino estava ligado ao agronegócio. Hoje, ela é uma produtora rural focada na pecuária leiteira, além de ser presidente do Sindicato Rural de Caiuá, uma posição de destaque em um ambiente predominantemente masculino.
Além de mãe de Ana Maria, carrega consigo a missão de contribuir para um mundo mais justo e próspero, especialmente para as mulheres do campo. Apaixonada por música e bateria, ela valoriza a sinceridade e o papel das mulheres em todas as áreas, inspirando outras a tomarem as rédeas de suas próprias histórias.
Mulheres assumindo o protagonismo no campo
Elisângela é uma das 17 integrantes da Comissão Semeadoras do Agro, que tem como objetivo fortalecer a presença feminina nas atividades rurais, muitas vezes realizadas nos bastidores. A iniciativa busca dar visibilidade a mulheres que, apesar de atuarem em diversas frentes nas propriedades rurais, ainda não se reconhecem como as verdadeiras líderes de suas atividades. “Muitas vezes, as mulheres já fazem de tudo nas propriedades, mas ainda não assumiram a posição de comando”, explica.
Sua liderança no sindicato rural é um marco para a região, especialmente por ser uma área conhecida pela pecuária e por abrigar muitos assentamentos rurais. O fato de uma mulher estar à frente de um sindicato é motivo de orgulho para a produtora, que vê nas ações do grupo Semeadoras do Agro uma oportunidade de inspirar outras mulheres a reconhecerem seu papel no setor rural.
Desafios e conquistas no sindicato rural
Elisângela enfrentou desafios ao assumir a presidência do Sindicato Rural de Caiuá, uma função que, historicamente, sempre foi ocupada por homens. Porém, com coragem e determinação, ela implementou mudanças e inovações, principalmente voltadas à qualificação e ao empoderamento das mulheres da comunidade. “Ser mulher à frente de um sindicato rural ainda é um desafio, mas cada vez mais estamos ganhando espaço e sendo reconhecidas”, afirma.
Através de cursos oferecidos pelo sindicato, muitas mulheres têm encontrado novas formas de gerar renda e fortalecer suas comunidades. “Tenho orgulho de ver essas mulheres participando das feiras, vendendo seus produtos, e se tornando protagonistas de suas próprias histórias”, compartilha Elisângela com emoção.