Tatiane Tomazeli e sua filha Myllena Tomazeli são as protagonistas de uma história comovente de superação, coragem e paixão pelo agronegócio. Em um cenário ainda marcado por desafios e estigmas, especialmente para mulheres e meninas, elas mostram que o amor pelo campo, quando aliado ao apoio da família, pode romper barreiras e construir um futuro mais igualitário e inspirador para as próximas gerações.
Moradoras de uma pequena cidade do interior do Paraná, Tatiane e Myllena vivem intensamente a rotina rural ao lado do pai e marido, Marcelo. A trajetória da família foi destaque no programa especial de Dia das Mães da A Protagonista, e emocionou não apenas pela simplicidade e autenticidade, mas pela mensagem poderosa: a mulher pode, sim, estar onde quiser – inclusive de botina, no campo.
“Menina pode ser o que ela quiser, pode estar onde ela quiser”, diz Myllena, com os olhos brilhando de emoção, ao relatar como, desde pequena, acompanha o pai nas atividades da roça.
A força do apoio familiar no agro: quando mãe e filha caminham juntas
Tatiane conta que seu envolvimento com o agro surgiu após o casamento, mas foi a filha quem reacendeu essa paixão:
“Eu comecei a me encantar por esse mundo através da Myllena. Ver o brilho dela ao acompanhar o pai despertou algo em mim. Foi a partir dela que eu me vi parte desse universo.”
Desde os primeiros passos, Myllena enfrentou críticas por gostar de botas, bonés e atividades tipicamente associadas aos homens no meio rural. Ouviu de colegas e até adultos que “menina não pode usar botina” ou “não deve estar na roça”. Ainda assim, com o apoio dos pais, ela se manteve firme e seguiu em frente, trilhando um caminho que hoje serve de exemplo para tantas outras meninas.
“A gente sofreu muito por ela ser menina e querer estar no campo. Mas nunca deixamos de apoiar, porque ela sempre amou estar ali com o pai”, relata Tatiane.
A pequena agricultora em formação já participa ativamente das tarefas da propriedade: planta, colhe, aparta bezerros, ajuda no aviário e, principalmente, aprende com entusiasmo tudo o que o pai ensina. Sua paixão pelo agro vai além das tarefas do dia a dia: Myllena sonha em cursar medicina veterinária e ser palestrante, inspirando outras meninas a acreditarem no seu lugar no campo.
O protagonismo feminino no agro começa na infância
Histórias como a de Myllena evidenciam o quanto é fundamental incentivar a sucessão familiar desde cedo e, mais ainda, a presença feminina nessa sucessão. Ainda hoje, muitas meninas enfrentam barreiras culturais, sociais e emocionais ao manifestar interesse pelo campo. A resistência pode vir da escola, de amigos, da própria comunidade. Por isso, exemplos como esse se tornam tão valiosos.
Veja 5 pontos inspiradores da história de Tatiane e Myllena Tomazeli:
- Suporte familiar sólido: o apoio dos pais foi decisivo para que Myllena enfrentasse os preconceitos com coragem.
- Conexão com o campo desde cedo: o vínculo afetivo com a terra foi construído na infância e alimentado com experiências diárias.
- Superação de estigmas: críticas sobre “menina de botina” foram transformadas em combustível para seguir em frente.
- Sonhos grandes no agro: Myllena já vislumbra um futuro como veterinária e palestrante, mostrando seu desejo de transformar o setor.
- Inspiração para outras meninas: sua história chegou a milhares de mulheres no Brasil, tornando-se símbolo de empoderamento rural.
O agro também é delas: um legado construído com afeto
A trajetória de Tatiane e Myllena representa uma virada importante na forma como enxergamos o papel feminino no campo. A jovem de olhos sonhadores e pés firmes na terra quer deixar um legado, e já começou a escrevê-lo.
“Eu quero mostrar pras outras meninas que elas podem sim ajudar o pai, a mãe e liderar o que elas quiserem”, afirma Myllena, que segue os passos do pai com dedicação, mas trilha também seus próprios caminhos com orgulho de ser mulher e apaixonada pelo agro.
Elas foram convidadas para participar do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, pela nossa embaixadora de gestão e idealizadora do congresso Renata Camargo onde terão a oportunidade de compartilhar sua história com milhares de outras mulheres que transformam o Brasil rural diariamente.
Histórias como essa mostram que o futuro do agro está sendo moldado por mãos femininas desde cedo — e que esse movimento é não apenas necessário, mas essencial para um setor mais justo, diverso e forte.
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