LIDERANÇA E INOVAÇÃO

A força da cana-de-açúcar no Brasil: sustentabilidade e inovação no setor sucroenergético

A sustentabilidade marca presença nessa cadeia produtiva, com a mecanização da colheita, que eliminou a prática da queima da palha.

A força da cana-de-açúcar no Brasil: sustentabilidade e inovação no setor sucroenergético

A cana-de-açúcar, uma das principais cadeias produtivas brasileiras, possui uma profunda ligação com a história do país, sendo essencial tanto para o mercado interno quanto externo. Além da produção de açúcar, esse cultivo também é a base para o etanol, um combustível renovável que ganha destaque por sua importância para o setor energético.

A sustentabilidade também marca presença nessa cadeia produtiva, com a mecanização da colheita, que eliminou a prática da queima da palha, resultando em menos emissões de carbono e maior qualidade do ar. Outro ponto relevante é o aproveitamento do bagaço da cana, utilizado para a geração de energia, o que reforça o compromisso do setor com a eficiência no uso de recursos naturais.

Renata Camargo: liderança feminina e sustentabilidade

Agora, vamos conhecer Renata Camargo, gerente de sustentabilidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), uma figura importante no cenário do setor sucroenergético. Renata nasceu em Jacareí, São Paulo, e tem hobbies como montar LEGO, além de valorizar a empatia, acreditando que um sorriso é a menor distância entre as pessoas. Solteira e sem filhos, encontra motivação em resolver problemas, especialmente em momentos críticos do agronegócio.

Sua atuação é ampla, englobando desde a análise de projetos de lei e impactos regulatórios até o relacionamento com órgãos governamentais, promovendo agendas positivas para o setor. Como professora de meio ambiente e agronegócio, Renata também estimula a educação de novas gerações, incentivando a conscientização e o progresso no setor. 

Em sua trajetória, testemunhou transformações significativas no setor, sobretudo nos últimos 15 anos. Ela destaca a evolução tanto no campo quanto nas usinas, com inovações como o uso da vinhaça, um subproduto da cana, na produção de fertilizantes orgânicos e biogás. “O setor está em constante atualização, sempre buscando inovação”, afirmou. Ela ressalta que a cana-de-açúcar desempenha um papel fundamental na matriz energética renovável do Brasil.

A bioenergia e o futuro da matriz energética

A matriz energética brasileira já é essencialmente renovável, e a cana-de-açúcar é a principal fonte nesse contexto, superando até as hidrelétricas em termos de participação. A presença da cana vai além do açúcar e do etanol, sendo também uma importante fonte de bioenergia. A partir do bagaço da cana, as usinas produzem eletricidade, enquanto o etanol está presente tanto nos carros abastecidos diretamente com o combustível quanto como aditivo na gasolina brasileira, garantindo qualidade ao combustível.

A especialista observa que o setor sucroenergético está presente na vida dos brasileiros de forma muito mais evidente do que muitos imaginam. “Além do açúcar, do etanol e da bioenergia, o setor está cada vez mais integrado ao nosso cotidiano”, comenta ela.

Motivação e transformação: a força da mulher no setor

Ao final de sua participação, Renata reflete sobre a presença feminina no setor, destacando a evolução em todos os níveis de atuação. “Me sinto motivada ao observar essa realidade e fazer parte desse movimento de transformação”, afirma.

Ela ressaltou o espírito de mudança que permeia seu trabalho e o das mulheres que estão construindo caminhos para as futuras gerações.

Para finalizar, Renata aconselha: “Escolha o que brilha os seus olhos, estude e se profissionalize, porque o mercado está cada vez mais ávido por mulheres com capacidade de entregar resultados”.