
O empreendedorismo feminino no agro vem se consolidando como uma força de transformação no Brasil. Essa realidade é vivida de perto por Ana Cláudia Cotait, brasiliense, comunicadora e líder que encontrou no trabalho com mulheres empreendedoras seu propósito. Casada, mãe e apaixonada por viajar, ela transformou sua trajetória em um exemplo de perseverança e fé, conduzindo projetos que fortalecem a presença das mulheres no campo e em diferentes setores da economia.
Para Ana, ser protagonista é “inspirar, abrir caminhos e mostrar que com coragem e determinação é possível escrever uma história de impacto em todo o Brasil”.
O crescimento do empreendedorismo feminino no agro
O empreendedorismo feminino no agro sempre existiu, mas muitas vezes estava restrito ao espaço doméstico ou aos bastidores da gestão rural. Hoje, o cenário é outro: mulheres estão assumindo a frente dos negócios e mudando a forma como o setor é conduzido.
Segundo Ana Cláudia Cotait, essa transformação tem relação direta com a união feminina e a força das redes de apoio:
“As mulheres realmente foram inspiradas, se sentiram motivadas para encarar o mercado de trabalho de uma forma sensível, mas ao mesmo tempo com a força da mulher”.
No agronegócio, exemplos de resiliência não faltam: mulheres que conciliam a gestão da fazenda, da família e dos negócios estão mostrando que a representatividade feminina não é apenas necessária, mas essencial para a inovação e para o crescimento sustentável.
Além disso, esse movimento está diretamente ligado a uma visão mais estratégica e ampla, já que muitas mulheres trazem consigo um olhar 360º, incorporando tecnologia, inovação e sustentabilidade em suas iniciativas.

Desafios do crédito e a importância da capacitação
Apesar dos avanços, o empreendedorismo feminino no agro ainda enfrenta barreiras estruturais. O acesso ao crédito continua sendo um dos maiores entraves. Ana aponta que muitas mulheres pagam juros mais altos e encontram dificuldade para negociar diretamente com instituições financeiras, o que compromete o crescimento dos negócios liderados por elas.
Por isso, uma das bandeiras que Ana defende é a mudança dessa realidade, buscando apoio inclusive junto ao Banco Central. A ideia é ampliar o debate e criar políticas mais justas e acessíveis.
Outro ponto central levantado por ela é a capacitação contínua das mulheres empreendedoras. O CMEC, conselho do qual Ana faz parte, desenvolve diversos programas voltados à formação e fortalecimento da rede feminina de liderança. Entre as principais iniciativas estão:
- Trilha de capacitação com o Sebrae São Paulo, que já impactou milhares de mulheres.
- Projeto nacional com o Sebrae, voltado à formação de lideranças femininas em todo o país.
- Parcerias com instituições de ensino, garantindo cursos de graduação, pós-graduação e cursos livres a preços acessíveis.
- Programa de mentoria, conectando empreendedoras a líderes experientes para auxiliar no desenvolvimento de negócios.
Essas ações reforçam que o fortalecimento do empreendedorismo feminino no agro passa não apenas pela representatividade, mas também pelo acesso a conhecimento e ferramentas práticas.
Caminhos para o futuro do empreendedorismo feminino no agro
O movimento do empreendedorismo feminino no agro aponta para um futuro promissor. Com o aumento da digitalização, da inovação tecnológica e da presença feminina em startups, cresce também a necessidade de políticas públicas e privadas que assegurem condições equitativas de crescimento.
Exemplos não faltam. Durante concursos de startups realizados pelo CMEC, o número de mulheres inscritas aumentou significativamente: da primeira para a segunda edição, as inscrições saltaram de 200 para 600, muitas delas liderando projetos inovadores em áreas como nanotecnologia e inteligência artificial.
Esse cenário demonstra que o protagonismo feminino está em expansão, mas precisa de apoio estrutural para avançar ainda mais.
“Toda mulher tem que pensar sempre que ela tem um lado muito forte, que precisa desenvolver, porque ela consegue”, reforça Ana.
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