De Olho no Material Escolar

De Olho no Material Escolar: Letícia Jacintho e a força da educação no agronegócio

Letícia Jacintho, presidente do movimento De Olho no Material Escolar e conselheira dO COSAG e da NFA, fala sobre educação, protagonismo feminino e o impacto do agronegócio na formação de crianças e jovens.

De Olho no Material Escolar: Letícia Jacintho e a força da educação no agronegócio
Leticia Jacintho e Jaqueline Silva durante o evento GAFFFF 2025

O projeto De Olho no Material Escolar tem transformado a forma como o agronegócio é apresentado nas salas de aula brasileiras. À frente dessa iniciativa está Letícia Jacintho, presidente do movimento e uma das vozes femininas mais influentes quando o assunto é unir educação e agro.

De família ligada ao campo, Letícia cresceu em Barretos (SP), mas também viveu em São Paulo e no exterior. Formada em Administração e com experiência no mercado financeiro, decidiu voltar às origens e assumir seu lugar no agronegócio.

“O agro sempre esteve nas minhas raízes, fazia parte das minhas férias e da minha vida. Quando voltei para Barretos, foi natural trabalhar com o setor e me apaixonar ainda mais por ele”, conta.

A paixão pela educação, no entanto, levou a empreendedora a ir além da produção rural. Com a criação do De Olho no Material Escolar, Letícia passou a atuar diretamente no combate à desinformação e na valorização do agro dentro do ambiente educacional.

Educação e agronegócio: uma união necessária

Para Letícia Jacintho, a educação é o caminho para transformar o Brasil e também o agronegócio. O projeto De Olho no Material Escolar surgiu durante a pandemia, quando muitos pais tiveram acesso ao conteúdo didático dos filhos e perceberam lacunas graves na forma como o campo era retratado.

“A educação é a única alavanca social que a gente tem. Se queremos um mundo melhor e mais justo, só conseguiremos por meio da educação”, afirma Letícia.

Hoje, o movimento reúne cerca de 70 empresas e quase 400 voluntários que trabalham de forma colaborativa para atualizar materiais didáticos, promover feiras, criar plataformas digitais e oferecer capacitação a professores. Entre as iniciativas, destacam-se:

  • Agroteca: plataforma online com conteúdos acessíveis sobre agronegócio;
  • Se Liga no Campo: projeto teatral voltado a crianças, inclusive com adaptações para alunos com necessidades especiais;
  • Mestre no Agro: programa de formação de professores, já com centenas de educadores capacitados em parceria com universidades e secretarias estaduais.

Além das ações práticas, o movimento também atua em Brasília, acompanhando discussões sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), que definirá metas e diretrizes para a próxima década.

O protagonismo feminino no campo e na educação

A liderança de Letícia Jacintho no De Olho no Material Escolar é exemplo de como o olhar feminino tem ampliado o alcance do agronegócio para além da porteira. Para ela, as mulheres trazem uma sensibilidade diferenciada, essencial quando o assunto é educação.

“A mulher cuida. Ela tem esse olhar para a sustentabilidade, para o social e para o acolhimento. Muitas vezes, é quem arregaça as mangas para transformar a realidade ao redor”, ressalta.

Esse protagonismo também se reflete na forma como o projeto acolhe crianças e professores. Nas feiras agropecuárias, por exemplo, o movimento se preocupa com cada detalhe: desde a alimentação dos pequenos até a adaptação de atividades para grupos especiais.

Mais do que mostrar que o leite não nasce na caixinha ou que a fruta não surge na prateleira do supermercado, o De Olho no Material Escolar apresenta a complexidade da cadeia produtiva, a tecnologia envolvida no campo e a importância econômica e social do setor.

Um futuro construído com educação

O trabalho de Letícia Jacintho é, acima de tudo, movido por propósito. Ela acredita que, com união entre produtores, empresas, educadores e a sociedade, é possível mudar a realidade da educação brasileira.

“Quando há um propósito maior, pessoas boas se unem. E a educação é uma causa que impacta todo o país. Ninguém pode dizer que não quer uma alfabetização melhor para nossas crianças”, destaca.

Ao levar o agronegócio para dentro das escolas e ao mesmo tempo atuar na construção de políticas públicas, o movimento De Olho no Material Escolar se consolida como uma iniciativa que vai além da informação: é transformação social.

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