Olá, queridas leitoras,
Hoje gostaria de compartilhar com vocês sobre um evento que é uma referência no
calendário do setor produtivo rural e que tem desempenhado um papel importante
para o reconhecimento da presença e influência feminina no segmento: a Agrishow.
Para a edição deste ano, a maior feira agrícola da América Latina, que completa três
décadas, tem expectativa de receber 195 mil visitantes, 800 expositores nacionais e
internacionais e centenas de profissionais do setor.
Além disso, em um espaço de 520 mil metros quadrados, cuja grandiosidade dos
números traduz bem a força do agro brasileiro, também há, desde 2022, um recinto
pensado e dedicado exclusivamente às mulheres, o “Agrishow Pra Elas”. Nele se
oferece visibilidade, fomenta debates, promove palestras e estimula a valiosa troca de
experiências e construção de relacionamentos entre aquelas que impulsionam o agro.
Como vocês sabem e tenho falado bastante nos encontros das Semeadoras do Agro,
no podcast e também neste espaço, o agronegócio deixou de ser um lugar
exclusivamente dos homens.
Embora historicamente tenha sido um setor predominantemente masculino, a
participação feminina tem crescido nos últimos anos — num movimento sem volta —,
o que a Agrishow tem testemunhado desde a sua primeira edição em 1994, e isso
encoraja as mulheres a empreenderem e a trazerem novas ideias e soluções ao setor.
Só para ficarmos em um número: em 2024 a participação feminina foi de 32,9%,
segundo o Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET) da Secretaria de
Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (SETUR SP). Isso representa
praticamente 1/3, ou seja, mais de 64 mil pessoas, considerando o público estimado
para este ano.
Essa é uma das provas do que venho dizendo há algum tempo, de que temos de tirar
a mulher da invisibilidade, de darmos às mãos umas às outras e também que
devemos reconhecer e aplaudir quando uma de nós chega ao topo.
O trabalho da Comissão Semeadoras do Agro da Faesp traduziu exatamente isso
nesta quarta-feira (30) durante o encontro “Mulheres do Agro em Ação”, com a
presença de mais 400 produtoras, onde debatemos resiliência e empreendedorismo
feminino, além dos desafios e oportunidades no campo.
Há muito o que construir, mesmo em espaços como a Agrishow. Por isso, reitero:
“Lugar de mulher é onde ela quiser. Todas nós podemos e somos capazes.”
Com carinho, Juliana Farah, presidente da Comissão Semeadoras do Agro da Federação daAgricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp)