
Laleska Moda e sua trajetória no mercado de café
Laleska Moda, natural de Piracicaba, São Paulo, é formada em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela USP e tem uma trajetória marcada pelo compromisso com a informação de qualidade no setor agro. Com anos de estudo da graduação ao mestrado, ela se tornou uma protagonista no mercado de commodities. Sua atuação vai além da análise de números; ela busca levar conhecimento e clareza ao setor, dando voz a um mercado que alimenta e movimenta o mundo.
Seu interesse pelo mercado de café surgiu durante sua experiência no Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), onde teve contato com produtores, cooperativas e traders.
“Desde então, me apaixonei pelo setor e decidi seguir nesse caminho, principalmente na parte de pesquisa de mercado”, afirma Laleska.

O cenário das oscilações no mercado de café
O mercado de café tem sido marcado por fortes oscilações, especialmente nos últimos cinco anos. Eventos climáticos adversos, como as geadas de 2021 no Brasil, afetaram drasticamente a produção. Além disso, outros países produtores, como Vietnã, Indonésia e Colômbia, também enfrentaram desafios climáticos, reduzindo a oferta global.
Ao mesmo tempo, a demanda por café se mantém resiliente.
“O consumo de café continua crescendo globalmente, pois faz parte do dia a dia de milhões de pessoas”, destaca Laleska.
Esse desbalanço entre oferta e demanda levou a estoques globais reduzidos, tornando a safra brasileira de 2025/2026 crucial para definir os preços futuros do café.
Os fatores que influenciam o desempenho da safra vão além do clima. A baixa disponibilidade de estoques e o fortalecimento dos produtores, que estão mais capitalizados e aptos a segurar a venda até atingirem preços favoráveis, são aspectos determinantes para o mercado nos próximos anos.
Sustentabilidade: um diferencial para o café brasileiro
A sustentabilidade tem se tornado um fator cada vez mais relevante no mercado de café. A nova regulamentação europeia de combate ao desmatamento, conhecida como EUDR, coloca o Brasil em posição de destaque, pois o país tem se mostrado preparado para atender às exigências ambientais do mercado europeu.
“A sustentabilidade é um diferencial competitivo. O café brasileiro está entre os mais bem preparados para atender às novas normas e conquistar cada vez mais espaço no mercado internacional”, ressalta Laleska.
Com um cenário desafiador e repleto de oportunidades, os produtores de café devem se manter informados e adotar estratégias para enfrentar as oscilações do mercado.
Siga A Protagonista no Instagram e YouTube! Toda segunda-feira às 18h no Canal Rural e quarta-feira às 17h50 no Canal do Criador. Não perca!