DESVENDANDO MITOS

Carne suína: uma proteína segura e saudável no mercado global

A veterinária Alessandra de Castro explica como a suinocultura moderna elimina riscos e eleva a qualidade.

Carne suína: uma proteína segura e saudável no mercado global

A carne suína é a proteína mais consumida no mundo. O Brasil se destaca como o quarto maior produtor e exportador global. Ainda assim, mitos sobre doenças, como a teníase, impactam a percepção do consumidor brasileiro. Segundo a veterinária do CRMV/SP (Conselho Regional de Medicina Veterinária- São Paulo), Alessandra de Castro, especialista em genética molecular e virologia veterinária, a suinocultura moderna praticamente elimina os riscos de contaminação, com manejos e biossegurança altamente rigorosos.

A trajetória de Alessandra e sua atuação na saúde animal

Formada em medicina veterinária e apaixonada por leitura, viagens e fotografia, Alessandra de Castro conta que encontrou no agro um campo desafiador e gratificante. Casada e mãe de um jovem adulto, ela se motiva pelo aprendizado contínuo, especialmente na genética molecular e virologia para suínos. Alessandra lidera pesquisas sobre vacinas e diagnósticos, em colaboração com instituições internacionais, reforçando a sanidade e a eficiência produtiva do setor suinícola.

Ela explica que escolheu a suinocultura pela alta tecnificação e a possibilidade de atuar em um campo que exige grande conhecimento científico, onde a aplicação de tecnologias é essencial para manter a qualidade dos produtos e minimizar riscos sanitários.

O papel da biosseguridade na suinocultura

Nos últimos anos, a suinocultura brasileira evoluiu consideravelmente em termos de biossegurança. Alessandra explica que o uso de rações de alta qualidade, o manejo tecnificado e o confinamento dos animais em ambientes controlados são fundamentais para evitar doenças, como a cisticercose. A veterinária destaca que as granjas modernas possuem protocolos que garantem água e alimentação seguras, além de instalações higienizadas para reduzir qualquer possibilidade de contato com patógenos.

“Hoje, as granjas são equipadas com sistemas rigorosos de biossegurança. Os suínos ficam em ambientes controlados, sem acesso a áreas externas, recebendo uma alimentação balanceada e água de qualidade. Isso praticamente elimina o risco de infecção e permite que o consumidor tenha um produto seguro e saudável”, afirma.

Educação como chave para desmistificar mitos sobre a carne suína

Alessandra aponta que, apesar dos avanços da suinocultura, muitos consumidores ainda associam a carne suína a riscos sanitários devido à falta de informação. “A educação é essencial para que as pessoas compreendam o processo rigoroso de produção e possam fazer escolhas seguras e conscientes. A carne suína brasileira segue padrões internacionais de qualidade e segurança, e é importante que o público conheça essas práticas para desmistificar antigos mitos”, ressalta.

A importância da inovação e da genética na suinocultura moderna

Além do manejo e biossegurança, a inovação e a genética também desempenham papéis importantes na evolução da suinocultura. Alessandra explica que a seleção genética permite que os animais tenham características superiores, como maior resistência a doenças e maior eficiência na produção de carne. Esse investimento contínuo contribui para um produto final de maior qualidade e ainda mais seguro para o consumo.

Conclusão: por uma suinocultura mais transparente e segura

A veterinária finaliza com uma mensagem de conscientização, escolhendo a palavra “educação” como elemento essencial para que o público compreenda a qualidade e a segurança da carne suína nacional. Alessandra acredita que, com informação, é possível desmistificar antigos tabus e proporcionar ao consumidor mais confiança na carne suína