A alimentação saudável é um dos pilares para uma vida equilibrada, e a proteína de origem animal desempenha um papel fundamental nesse cenário. O consumo adequado de proteínas oferece aminoácidos essenciais e nutrientes vitais para a construção muscular e para o bem-estar geral. No Brasil, a produção de carne bovina vem avançando de forma sustentável, impulsionada por tecnologias de manejo e práticas ambientalmente responsáveis.
Para esclarecer os benefícios do consumo de proteína animal e desmistificar alguns conceitos equivocados, convidamos a nutricionista Letícia Moreira Monteiro. Com uma abordagem baseada em evidências científicas, Letícia defende a importância da carne vermelha na alimentação e explica como o setor pecuário brasileiro está alinhado com práticas sustentáveis.
Uma defensora da saúde e da nutrição baseada em evidências
Letícia Moreira Monteiro, nascida em Pouso Alegre, Minas Gerais, é uma apaixonada por estoicismo, filosofia que defende a virtude e a tranquilidade. Seu nome reflete bem sua característica principal: a alegria. Casada e mãe de dois filhos, Letícia se destaca como uma voz influente na defesa da saúde e do bem-estar por meio de uma alimentação equilibrada. Como nutricionista, ela é uma porta-voz ativa do consumo de proteína animal, desafiando mitos e promovendo escolhas alimentares conscientes.
“Eu me considero uma protagonista na minha área, utilizando meu conhecimento para empoderar as pessoas e melhorar a qualidade de vida delas”, afirma. Sua abordagem é sempre embasada em evidências científicas, o que a torna uma profissional respeitada e comprometida com a disseminação de informações corretas sobre a nutrição.
Mitos sobre a carne vermelha: o colesterol e a gordura animal
Quando o assunto é carne vermelha, o mito mais comum que Letícia encontra em sua prática clínica é o medo do colesterol. “Muitas pessoas evitam a carne vermelha por acreditar que ela está diretamente ligada a problemas de colesterol alto”, explica. No entanto, Letícia enfatiza que esse conceito é ultrapassado. “O mito do colesterol surgiu nas décadas de 1960 e 1970, quando se acreditava que a gordura animal causava problemas cardiovasculares. Porém, estudos mais recentes mostraram que a relação não é tão simples.”
Ela destaca que a carne vermelha contém gorduras essenciais para o organismo, além de vitaminas e minerais de alta biodisponibilidade, ou seja, que são facilmente absorvidos pelo corpo. “A pessoa que retira a carne da dieta com medo do colesterol acaba comprometendo a ingestão de nutrientes fundamentais para o funcionamento do organismo”, reforça.
A importância da gordura animal na alimentação
Outro ponto importante levantado pela nutricionista é a importância da gordura animal. Letícia defende o consumo equilibrado dessas gorduras, principalmente pela sua relevância para o funcionamento do cérebro. “O nosso cérebro tem uma predileção natural por gordura. Retirar a gordura animal da alimentação pode, a longo prazo, estar associado ao aumento de doenças como Alzheimer e Transtorno de Déficit de Atenção”, alerta.
Ela ressalta que, embora existam individualidades nutricionais e cada pessoa precise de uma orientação personalizada, a gordura animal não deve ser eliminada da dieta sem uma análise criteriosa. “É importante ter um profissional para guiar essas decisões alimentares, evitando a adoção de dietas extremas que podem ser prejudiciais à saúde”, completa Letícia.
A retirada da carne vermelha das Olimpíadas de Paris: uma decisão controversa
Recentemente, uma decisão polêmica nas Olimpíadas de Paris gerou debates entre nutricionistas e atletas. A retirada da carne vermelha da alimentação dos atletas foi justificada por motivos ambientais, o que Letícia considera um grande erro. “É uma pena ver um evento de tamanha relevância global sendo influenciado por ideologias que distorcem os fatos”, comenta.
Ela destaca que a carne vermelha é um alimento essencial para quem exige muito do corpo, como os atletas. “A decisão de retirar a carne vermelha das Olimpíadas me soou muito mais como uma agenda política do que como uma escolha baseada em evidências científicas. A carne é rica em nutrientes que são indispensáveis para o desempenho físico, e não faz sentido remover um alimento tão importante da dieta de um atleta”, afirma.
Sustentabilidade e produção de carne bovina no Brasil
Letícia também aponta que o setor pecuário brasileiro tem investido fortemente em tecnologias que promovem a sustentabilidade. “As alegações de que a pecuária é a principal responsável pela emissão de gases de efeito estufa são exageradas. O setor tem evoluído com práticas de manejo que reduzem significativamente o impacto ambiental”, explica.
Ela menciona que, ao contrário do que muitos acreditam, o consumo de carne bovina pode fazer parte de uma dieta saudável e sustentável. “A produção de carne no Brasil é eficiente e cada vez mais voltada para a preservação do meio ambiente. É importante que as pessoas entendam que a questão ambiental não está relacionada apenas à carne bovina, mas a um conjunto de fatores muito mais amplos”, ressalta Letícia.
O consumo consciente de proteínas animais e o futuro da alimentação
O consumo de proteínas de origem animal, incluindo a carne vermelha, continua sendo fundamental para a saúde humana. Além de fornecer nutrientes essenciais, a carne vermelha é uma fonte importante de vitaminas e minerais que são difíceis de obter de outras fontes alimentares. “Comer carne com moderação, dentro de uma dieta balanceada, é essencial para a saúde, e os mitos que cercam o consumo de proteína animal precisam ser desmistificados com base na ciência”, conclui Letícia Moreira Monteiro.
Com uma visão científica e equilibrada, Letícia reforça que o caminho para uma alimentação saudável está no equilíbrio e na escolha consciente dos alimentos. “A carne vermelha, assim como outros alimentos de origem animal, desempenha um papel vital na saúde humana, e precisamos fazer escolhas informadas, baseadas em evidências”, finaliza.