No sul do Piauí, Lúcia Bortolozzo encontrou sua jornada de transformação. Há 35 anos, ela deixou Araraquara, São Paulo, para abraçar o desafio do agronegócio ao lado de seu marido e sua família. “Foi um momento de coragem e confiança”, ela relembra, “minha sogra, viúva aos 40 anos, nos inspirou a seguir em frente, mesmo diante da adversidade.”
Em Uruçuí, no sul do Piauí, Lúcia e sua família começaram a escrever sua história no campo. Sua formação em pedagogia encontrou espaço na gestão de recursos humanos da empresa familiar.
“Desenvolvemos não apenas os campos, mas também as pessoas”, ela explica. “Era uma região carente, que necessitava de desenvolvimento social.”
À medida que os filhos cresceram e se envolveram nos negócios, Lúcia e suas cunhadas viram a necessidade de passar o bastão. “Foi um processo gradual de profissionalização e sucessão”, diz ela. “Precisávamos dar espaço para a próxima geração fortalecer a família e o negócio.”
Novos desafios
Mas para Lúcia, a saída não significava o fim, mas sim o início de novos desafios. “Gosto de me sentir desafiada, de buscar algo que me fortaleça”, ela compartilha. Assim, ela encontrou seu caminho em grupos de mulheres empreendedoras e de recursos humanos, construindo conexões e redes de apoio.
Mulheres de Fibra
Foi durante um congresso de mulheres do agro que Lúcia se viu imersa em um mar de mulheres inspiradoras. “Foi um divisor de águas”, ela recorda. Desse encontro, nasceu o movimento “Mulheres de Fibra”, uma iniciativa para unir mulheres do campo e da cidade em torno do agronegócio. Anne Sanders, uma parceira de Uruçuí, idealizou o Instituto Cultivar Progresso, que agora se une ao movimento para impulsionar o desenvolvimento social.
“Nosso objetivo é conectar o campo à cidade, mostrando a essência do agro e seu impacto na sociedade”, explica Lúcia. O primeiro projeto, uma clínica escola em Uruçuí, visa beneficiar 350 crianças de cinco municípios. “Queremos fortalecer as comunidades, trazendo recursos e oportunidades para aqueles que mais precisam.”
Enquanto Lúcia continua a apoiar a iniciativa, ela vê um futuro brilhante pela frente. “Desejo muito sucesso para essa empreitada”, ela conclui.
“É gratificante ver como as mulheres estão transformando o agronegócio e impactando positivamente suas comunidades.”
Com mulheres como Lúcia Bortolozzo à frente, o movimento “Mulheres de Fibra” promete continuar inspirando e transformando, conectando o campo e a cidade em prol de um agro mais sustentável e inclusivo.